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Caixão lacrado, sem velório e em silêncio: Pantanal se despede do caseiro morto por onça

Publicada em 24/04/2025 às 22:20h - 202 visualizações

por Broto FM


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O Pantanal amanheceu mais silencioso nesta quarta-feira (23). A natureza, que ali pulsa com força, parecia também prestar sua homenagem a Jorge Avalo, de 60 anos, o caseiro que perdeu a vida de forma trágica após ser atacado por uma onça-pintada enquanto trabalhava às margens do rio Miranda, em Aquidauana (MS). O sepultamento aconteceu sem velório — o caixão precisou ser lacrado, tamanha a gravidade dos ferimentos.

A despedida foi marcada pela dor e pelo silêncio. Por volta das 13h45, no cemitério municipal de Anastácio, cidade vizinha, familiares, amigos e moradores locais seguiram o cortejo em luto profundo. Jorge era um homem simples, querido por todos, conhecido pelo jeito tranquilo e pela dedicação ao trabalho no pesqueiro onde vivia.

“Foi tudo muito rápido, muito doloroso… ainda parece mentira”, disse, entre lágrimas, um parente visivelmente abalado.

 Antes de ser enterrado, o corpo passou por exames no Instituto Médico Legal de Aquidauana. Embora o laudo completo ainda leve alguns dias para ser finalizado, os peritos confirmaram que Jorge foi atacado por um grande felino — marcas de mordidas e garras estavam evidentes. Pegadas encontradas na região e a forma como o corpo foi achado — parcialmente mutilado e escondido numa toca a cerca de 300 metros do local do ataque — confirmaram a presença de uma onça-pintada.

 O ataque aconteceu na manhã da última segunda-feira (21), quando Jorge saiu sozinho para colher mel, perto de um deck. A busca pelo corpo durou dois dias e mobilizou drones, helicópteros, equipes da Polícia Militar Ambiental e familiares.

 Apesar do trauma, especialistas reforçam que se trata de um trágico acidente envolvendo um animal silvestre. Eles alertam que retaliações contra a onça não devem ser consideradas — o Pantanal é seu habitat natural, e encontros com humanos têm se tornado mais frequentes, especialmente durante as cheias, quando os bichos se aproximam das áreas habitadas.

 A ausência de um velório escancarou a dor de uma família devastada. E agora, além do luto, uma comunidade inteira tenta lidar com o medo — e com o vazio deixado por Jorge.

 Fonte: O Sul Matogrossense




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