Arthur Saymon, de 7 anos, morreu após ser picado por um escorpião, em uma área rural de Mariana, região central do estado de Minas Gerais, onde passava o feriado com a família.

O menino morava em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, mas foi a passeio com os pais para o município. Arthur foi socorrido e encaminhado por um helicóptero para o Hospital João XXIII, mas não resistiu à picada e acabou falecendo.

Recomendações em caso de picada de escorpião

Adebal de Andrade, médico toxicologista do hospital onde Arthur foi atendido, disse que, em caso de picadas de escorpião, é necessária a utilização do soro escorpiônico, utilizado em 3% dos casos, de acordo com especialista.

“Aqueles casos que evoluem de forma grave, eles vão precisar do soro e, quanto antes ele for aplicado, melhor é o prognóstico (evolução) do caso. O tempo ideal é após 2 horas após a picada”, explica Adebal.

O especialista alerta que não pode dar leite ou comida para a vítima após a picada.

“Não é correto porque uma das manifestações é vômito e insuficiência respiratória. Se esse paciente tiver com estômago cheio e vomitar, ele pode aspirar o conteúdo do estômago e agravar o quadro”, ressalta.

Alta nos atendimentos em MG

No primeiro trimestre de 2025, somente o Hospital João XXIII atendeu 510 casos de picadas de escorpião, uma alta de quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Femig).

Em todo o Brasil, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, foram 38 mil atendimentos em todo o estado somente em 2023.